domingo, 8 de novembro de 2009

Exemplo de publicidade eficaz



Recebi essa cartinha junto com as minhas outras correspondências. Primeiramente, levei um susto pois cairia como luvas num primeiro momento, caso eu realmente não conhecesse o orgulho do meu verdadeiro ex.
Enfim, vim a descobrir que foi uma abordagem muito criativa, simples e direta ao ponto elaborada pela seguradora SulAmérica. Um verdadeiro exemplo de como gastar pouco e falar diretamente com seu público-alvo.
Há cerca de um ano "rompi" com a empresa pelo simples fato de ter encontrado outra seguradora mais compatível ao meu bolso. Nunca fui fiel à nenhuma dessas empresas. Por este motivo, eles me enviaram esta carta pedindo para que eu voltasse, que "ele" havia mudado por mim e que isso, por si só, já era motivo suficiente para ter uma segunda chance.
Quando alguém manda uma carta assim, alheia à preconceitos, orgulho e ego, há mesmo que se pensar duas vezes, não? Pelo menos não custa nada, e é isso que farei quando me ligarem para renovar.

Nó e Só

A madrugada caía e o relógio marcava três horas da manhã. A vontade de fumar era grande, apesar de não ser nenhuma viciada em nicotina e ter, durante anos, criticado sua mãe por ingerir aquela fumaça mal cheirosa pulmão adentro.
A improbabilidade de estar fazendo algo que sempre desaprovou a chocava.

O sentimento hipócrita aliado à culpa por querer sentir o gosto mentolado do cigarro nos lábios a fazia refletir, durante horas, sentada em sua varanda, de frente para o mar. Ela contemplava a imensidão do nada. No fundo, sabia que aquilo não era nenhum vício e, sim, a esperança de uma mudança significativa em sua vida.

Ignorou a voz da consciência e acendeu o cigarro. Não sabia ao certo o que buscava, apenas que aquele ritual noturno era uma fuga, uma tentativa frustrada de obter respostas para perguntas até então inquestionáveis. O locutor do rádio, que anunciava a grade de programação a puxou de forma brusca para a realidade. Era hora de voltar para o quarto e dormir, na companhia de seus travesseiros, tão fiéis e acolhedores, que testemunhavam ocultos o pesar de sua mente inquieta. Era mais um dia, insuportavelmente normal, que chegava ao fim.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

por um triz

Não deve ser um bom sinal quando uma comida que você está acostumadíssima a fazer sai de um jeito inesperado. Quando me refiro inesperado, não é no bom sentido. Significa que saiu ruim mesmo, perdeu a mão, o gosto não ficou mil e uma maravilhas apesar de ter sido usada uma quantidade suficiente e costumeira de temperos. Cá pra nós, comida mais ou menos ou indiferente não serve nem para alimentar cachorro, assim como nada na vida que seja mais ou menos deveria ser aceito. Acho que comida e frustrações amorosas estão diretamente ligadas. Quando uma não está boa, a outra automaticamente também deixa a desejar.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

é Carnaval

Carnaval e peripécias são praticamente sinônimos. Por isso, nada melhor do que uma marchinha para embalar o fim de 2009, desta vez, que modesta, em minha homenagem. Falta só descobrir de quem é a autoria. Alguem ajuda? Comentários por favor!

A Casta Suzana

Será você a tal Suzana !A Casta Suzana..
.Do posto Seis ?...
Coitada !
Como está mudada !...Teve "apendicite"
E ficou sem "ite"...

Quando conheci Casta Suzana,
Nas areias de Copacabana...Era namorada de um "Chinês"
Mas olhava assim pra um "Japonês"
Taí !Deu-se a confusão :
Estourou a guerra,
China com Japão !

Tempo para o bem esquecer o mau

É engraçado como muitos momentos ruins da vida são seguidos pela frase filosófica: “tenha calma, o tempo é o melhor remédio”. Costumava acreditar, sem questionamentos, nessa sentença clichê. Hoje, acho que ela não passa de um belo tapa-buraco.
Não sei já pararam para analisar se essa frase faz realmente sentido. Em alguns casos, como morte de um amigo ou parente próximo, podem até fazer bastante lógica. Mas, já pararam para pensar quando um erro que você cometeu te atormenta insanamente? O passar dos dias, meses ou anos, nestes casos conta a favor? Alguém realmente acha que o tempo fará com que se esqueça da burrice cometida? Ou, nestes casos, apenas nestes casos, quanto mais tempo se passa, maior é o desconforto com a situação? Acredito que quando isso acontece, o tempo não adula, não conforta, não afaga. Nada. Nestes casos, percebe-se que quanto mais o tempo passa, mais tempo você perde ou por mais tempo você se dá conta de que o erro cometido no passado nunca esteve tão presente e, certamente fará parte do futuro. Quando a lógica do mundo é dizer que o tempo é o seu melhor amigo, o que fazer quando na realidade tudo que você gostaria de ouvir era que o hoje ou o amanhã nada mais são do que simples advérbios?