segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tempo para o bem esquecer o mau

É engraçado como muitos momentos ruins da vida são seguidos pela frase filosófica: “tenha calma, o tempo é o melhor remédio”. Costumava acreditar, sem questionamentos, nessa sentença clichê. Hoje, acho que ela não passa de um belo tapa-buraco.
Não sei já pararam para analisar se essa frase faz realmente sentido. Em alguns casos, como morte de um amigo ou parente próximo, podem até fazer bastante lógica. Mas, já pararam para pensar quando um erro que você cometeu te atormenta insanamente? O passar dos dias, meses ou anos, nestes casos conta a favor? Alguém realmente acha que o tempo fará com que se esqueça da burrice cometida? Ou, nestes casos, apenas nestes casos, quanto mais tempo se passa, maior é o desconforto com a situação? Acredito que quando isso acontece, o tempo não adula, não conforta, não afaga. Nada. Nestes casos, percebe-se que quanto mais o tempo passa, mais tempo você perde ou por mais tempo você se dá conta de que o erro cometido no passado nunca esteve tão presente e, certamente fará parte do futuro. Quando a lógica do mundo é dizer que o tempo é o seu melhor amigo, o que fazer quando na realidade tudo que você gostaria de ouvir era que o hoje ou o amanhã nada mais são do que simples advérbios?

Um comentário:

  1. O tempo pode ser o melhor remédio para muitas coisas na vida. Mas como todo remédio, ele não é a cura para todos os males. O diagnóstico e a dose têm de ser precisos.

    ResponderExcluir